A felicidade, o amor, as conquistas,
as amizades, os relacionamentos afetivos,
as vitórias, o desejo realizado,
tudo isso é obviamente lindo,
assim como é obviamente falso,
a Felicidade é um momento,
o amor é um estado, muitas vezes líquido,
as conquistas nunca são suficientes,
as amizades são volúveis,
os relacionamentos carecem de afeto verdadeiro,
as vitórias dependem de outras vitórias,
um desejo realizado que nunca se realiza,
um ciclo vicioso de necessidades incessantes,
a vida tem seus axiomas asfixiantes,
caminhos que levam sempre ao mesmo lugar,
onde é mais fácil se perder do que se encontrar.
Enxergar a beleza do óbvio é saber lidar com a frustração,
pois na vida nada é axiomático,
movimentos circulares são como cordas no pescoço,
angústias sacramentadas pela modernidade,
onde desistir se torna mais incontestável que existir,
doses diárias de placebos confortantes nos são dadas,
nos fazendo acreditar que há uma saída não tão óbvia,
até que todos os movimentos, do astronômico ao peristáltico,
nos mostre que só há uma obviedade, não tão bela,nunca descobriremos a saída desse labirinto,
angústias sacramentadas pela modernidade,
onde desistir se torna mais incontestável que existir,
doses diárias de placebos confortantes nos são dadas,
nos fazendo acreditar que há uma saída não tão óbvia,
até que todos os movimentos, do astronômico ao peristáltico,
nos mostre que só há uma obviedade, não tão bela,nunca descobriremos a saída desse labirinto,
por mais óbvio que seja viver.
.rm