Poesias de palavras soltas, rimas e letras jogadas ao vento inebriantes pelo fato de serem tão sóbrias e que essa sobriedade, encante e deixem trôpegas as pessoas que as lêem.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Desabar
Ah essa tristeza
que me toma de súbito,
quase que por assalto,
com violencia me arrasa
e me joga ao chão,
como martelo contra a pedra.
essa comoção que me demove,
me arrasta com furia, ferindo
arremessando-me contra as rochas
mágoas imaculadas, verdadeiras,
ao ponto de parecer mentira.
Essa dor desmedida
que contamina minh'alma
como um câncer,
que retira-me toda força
arruinando o castelo de areia fina.
Isso não é amor
quem sabe sim o inverso dele
em desproporção,
o antídoto que virou veneno,
a ferida escancarada que você deixou.
quarta-feira, outubro 04, 2006
Passa Passo
O passo leva a onde for possível,
até para o poço!
nas calçadas sólidas
as marcas somem,
e a sombra de cada homem, passa!
O dia segue, cedo, sagrado
subindo e descendo escadas,
sem tropeço, eu peço uma dose,
segue dia, pés a obra!
Em cada passo, penso
por que tudo passou em vão?
porque o que passou, passou!
segue o passo!
Chega noite, chego em casa
o dia agora é passado
o que mais quero é sono,
o que me vem é cama.
No peito dorme,
na madrugada ama,
o lençol encobre
a mais bonita dama.
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