segunda-feira, junho 22, 2009

e o que resta...


Com quem você gostaria de estar agora?
Para quem você pediria perdão?
Qual lembrança boa viria a tona?
Qual seria a saída? Como foi a chegada?
Como você gostaria que fosse seu ultimo dia?
Apegado a imagens da infância,
quando não sabiamos que pessoas boas partiriam,
não imaginavamos que pessoas melhores ainda estariam por vir...
Não estragavamos os nossos dias por nada, tudo era motivo para um sorriso,
e agora? o que restou de nós? velhos rostos enrugados na frente do espelho,
ou uma coluna envergada sobre uma cama de lençois brancos,
assim como as paredes desse quarto...
Parece ser tarde demais para olhar pra trás,
a visão não enxerga o passado, as mãos não podem tocar o que ficou pra trás...
O que eu posso te dizer agora?
Ficou tudo onde jamais deveria estar,
as cartas que não foram mandadas,
as frases que não foram ditas,
os milhares de beijos e abraços que um dia poderiam ser dados,
que fariam o dia de alguem melhor, tudo isso foi absolvido pelo tempo,
mesmo tempo que agora castiga, que agora determina o que é o fim,
o mesmo tempo que te aponta o dedo na cara e pergunta:
Como será daqui pra frente? o que há depois que as palpebras se tocarem?
Quantos pedidos de perdão ficaram pra trás, quantas pessoas deixamos de perdoar?
São perguntas sem respostas, choro sem lágrimas,
é a certeza do que é incerto, é o medo dos corajosos,
é a chance de ser aquilo que nunca foi... ou que nunca será...
Pode ser a ultima vez, pode ser a primeira, pode não ser nada,
pode apenas ser medo.
e as palavras que não foram ditas, não fizeram tanta diferença,
o que voce deixou pra trás?
o que você julgou erradou ou certo e se enganou?
quer saber? agora é tarde...

7 comentários:

Srta. Clichê! disse...

Seu texto me lembrou muiiito "A lista", do Oswaldo.
É como uma forma sutil de dar um tapa na cara de alguém!
Ótimo texto, meu velho.
Saudade de vocÊ. Está aberto a convite pra uma sinuquinha?
=)
Forte abraço.
Savana Dantas.

ElderF. disse...

Muito bom, continue nesse ritmo.

Anônimo disse...

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Srta. Clichê! disse...

Cadê, cadê???
Sete meses é muito tempo, não?!
=*

Unknown disse...

E o que resta?

Gabii disse...

Gostei muito do texto! =)

Ju Dacoregio Paperback Writer Girl disse...

O triste (ou não) é que quando criança eu já sabia que pessoas que amo partiriam e costumeiramente estragava meus dias por nada.
Aprendi isso tão cedo. E mesmo assim, esse aprendizado não me poupou do sofrimento futuro (agora presente).