
Sofrer é carteira de indentidade de poeta
que deixa a porta aberta pra poder
olhar para trás e ter certeza
de que ninguem o segue.
Perde-se em madrugas frias
varadas pela escuridão
onde encontra a luz
necessária para iluminar sua mente,
coração sem chama, sem graça.
Linhas e mais linhas longitudinais
perdidas em frases sentimentais
abriga no papel aquela solidão,
que chega a ser rudimentar,
um homem só, um homo sapiens.
poesia carregada de sofreguidão
cada dia eterno como se fosse nunca
e nunca chega para que seja infinito
acaba antes da hora, antes do beijo
fica apenas no pensamento,
até se desatinar em dor.