Poesias de palavras soltas, rimas e letras jogadas ao vento inebriantes pelo fato de serem tão sóbrias e que essa sobriedade, encante e deixem trôpegas as pessoas que as lêem.
quarta-feira, março 18, 2009
O Marginal
Sentado, deitado
levanta, anda,
o ritmo é o mesmo
a falta que fazer
vai lhe consumindo,
o ócio roendo os ossos,
o ódio se aflorando e
a saliva cada vez mais amarga,
está insuportável ver o relógio passar
tique-taquemente, tique-taqueante,
como um coquetel molotov dentro de si
uma explosão de lágrimas
cada gota com seu nome,
primeiro cai a revolta,
depois a impaciencia,
logo em seguida a dor, o medo
e finalmente o desespero,
quando todas elas caem no chão
e se misturam formam o cidadão
que vive fora das margens da sociedade,
o marginal.
Não há mais tempo para perder...
uma profissão, ele é seu proprio patrão,
arma em punho, capuz posto.
[mãos a obra]
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Um comentário:
Nossa, Rô...
Ótimo texto.
A teoria mais válida para o nascimento da violência.
...Mãos à obra...
Grande abraço.
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